Explore outras zonas erógenas

O prazer sexual não está restrito aos genitais e à penetração – descubra como estimular mais partes do corpo da sua parceria




*Por Theo Alarcon

Imagine o corpo todo como um parque de diversões e, entre tantas possibilidades, brincar apenas com os genitais. É isso que costumamos fazer no sexo: nos restringimos às partes óbvias da parceria (vulva e vagina, pênis e saco escrotal, ânus) ao invés de explorar outras zonas erógenas. Mas descobrir novas formas de prazer é a maneira mais gostosa de melhorar a intimidade sexual.

Toda a nossa pele é repleta de terminações nervosas, que estão mais concentradas em algumas áreas do corpo – as zonas erógenas. Quando elas são ativadas através do toque, por exemplo, o cérebro capta esse estímulo sensorial e gera excitação sexual. Ou seja, pode despertar ou aumentar o tesão e até levar ao orgasmo mesmo sem encostar no genitais!

Pescoço, nuca, orelhas, mamilos e períneo são algumas das zonas erógenas mais exploradas nas preliminares, mas ainda com seu potencial orgástico pouco reconhecido. Regiões de “dobras” - como cotovelo, tornozelo, atrás dos joelhos, embaixo dos seios e axilas – são supersensíveis e merecem uma visita “mal-intencionada”.

Vale tocar suavemente com as pontas dos dedos, massagear, assoprar próximo da pele, passar as unhas ou a língua, deslizar uma pedra de gelo ou uma pluma... e o que mais você imaginar. Lembre-se de que nem todo estímulo provoca a mesma sensação: algumas pessoas preferem toques mais leves, enquanto outras, uma pegada mais firme. Há quem sinta cócegas em uma região do corpo que dá arrepios na parceria.

Essa percepção das zonas erógenas não-convencionais proporciona desde preliminares mais excitantes a experiências sexuais plenas e orgasmos intensos. Você pode descobrir explorando o sexo para além da penetração ou mesmo a sós na masturbação. Porque o grande responsável pelas sensações e fantasias provocadas pelos estímulos é o cérebro, o maior de todos os órgãos sexuais.

Se desprender dos padrões impostos sobre os corpos e sobre como o sexo deveria ser pode contribuir tanto para o autoconhecimento quanto para aproveitar ao máximo o prazer.

*Theo Alarcon é psicólogo e sexólogo, realiza atendimento individual e Casal LGBTQIAPN+

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